Uma das maiores preocupações dos médicos durante a gravidez é a curva glicêmica gestante alterada, pois pode ser sinal de diabetes.

Falamos de diabetes gestacional quando as taxas elevadas de açúcar no sangue são constatadas pela primeira vez ao longo de uma gestação.

Esse tipo de diabetes acomete cerca de 10 a 15% das mulheres grávidas, sendo uma das complicações mais frequentes da gestação.

É por isso que os médicos solicitam entre a 24ª e 28ª semana de gestação realizar um exame de sangue para verificar a taxa de glicemia no sangue.

Então, você está grávida e sua curva glicêmica está alterada?

Sendo assim, descubra aqui o que pode estar acontecendo e o que fazer!

Curva glicêmica gestante alterada: o que é?

Curva glicêmica gestante alterada é quando as taxas de açúcar no sangue estão fora dos padrões de referência, que pode indicar diabetes gestacional ou diabetes tipo 2.

Sendo assim, a curva glicêmica é um exame de sangue acompanhado por um teste oral, com ingestão de um líquido doce, com o objetivo de medir a tolerância à glicose, geralmente solicitado para investigar um possível quadro de diabetes.

O diabetes aparece quando o organismo não é mais capaz de produzir insulina em quantidade suficiente.

As alterações hormonais ligadas à gravidez aumentam as necessidades de insulina da futura mamãe.

Portanto, quando o pâncreas não produz insulina suficiente, há uma elevação da glicemia no sangue: é o diabetes gestacional.

Curva glicêmica como é feito o exame?

Primeiramente, para avaliar a curva glicêmica gestante alterada, é necessário realizar um exame, que deve ser feito em jejum de 10 a 12 horas e sem a prática de exercícios físicos.

A seguir, a gestante deve ingerir 75g de Dextrosol, que é açúcar. A cada hora, retira-se uma amostra de sangue e mede-se a glicemia.

Na maioria das vezes, são retiradas em média de 2 a 3 amostras.

Curva glicêmica gestante alterada: quais os valores?

Para você entender a curva glicêmica gestante alterada, é melhor ter uma noção dos valores de referência, que são:

  • Em jejum: até 92 mg/dL;

  • 1 hora após a ingestão de Dextrosol: até 180 mg/dL;

  • 2 horas após a coleta de sangue: até 153 mg/dL.

Portanto, se os resultados forem superiores a esses valores, o médico normalmente solicita que se repita o exame após alguns dias. A fim de confirmar a suspeita de diabetes.

E no caso de diabetes gestacional, é indispensável o monitoramento e controle, e iniciar o tratamento o quanto antes.

Curva glicêmica gestante alterada: quais as complicações?

Primeiramente, a gravidade da curva glicêmica gestante alterada pode variar de mulher para mulher, e quanto antes normalizar essas taxas, melhor para a mãe e para o bebê.

Quando a glicemia da mãe está elevada, o açúcar atravessa a placenta e chega até o feto.

O feto reage aumentando sua própria produção de insulina, o que estimula nele o aumento e armazenamento de gorduras.

Sendo assim, isso pode provocar aborto espontâneo, parto prematuro, má formação fetal, entre outras complicações.

No entanto, esse risco pode diminuir se o diabetes for detectado precocemente.

Portanto, vale mencionar que o diabetes gestacional desaparece imediatamente após o parto em praticamente todas as mulheres. Porém, o diabetes tipo 2 pode ocorrer mais tarde entre 25 e 50% entre elas.

Diabetes gestacional: quais os fatores de risco?

Como você viu, curva glicêmica gestante alterada pode causar problemas sérios, no entanto, existem alguns fatores de risco que podem aumentar a chance da mulher desenvolver diabetes durante a gravidez:

  • Mulheres acima de 45 anos;

  • Hipertensão arterial;

  • Sobrepeso/obesidade;

  • Sedentarismo;

  • Histórico familiar de diabetes tipo 2;

  • Aumento de colesterol e triglicerídeos;

  • Doença cardiovascular;

  • Síndrome de ovários policísticos.

Portanto, vale ressaltar que todas as gestantes, fazendo parte ou não desse grupo de risco, devem fazer o exame da curva glicêmica.

Como evitar a diabetes gestacional?

Agora que você já entendeu o que é curva glicêmica gestante alterada, o que a mãe pode fazer para manter os níveis normais de açúcar no sangue?

  • Preferir alimentos com índice glicêmico baixo: grãos integrais, aveia;

  • Consumir fibras alimentares: frutas, legumes, arroz integral;

  • Proteínas de qualidade: carnes magras, peixes, ovos;

  • Evitar açúcares simples: açúcar refinado, refrigerantes, biscoitos;

  • Praticar uma atividade física: caminhar, pelo menos, 30 minutos por dia.

Por isso, seguir uma dieta especial tem como objetivo manter a glicemia normal, além de consumir as calorias necessárias para o desenvolvimento do bebê.

Agora, se mesmo seguindo uma dieta balanceada e praticando atividades físicas, as taxas de açúcar ainda permanecerem elevadas, o médico pode prescrever medicamentos.

Portanto, o mais importante é seguir tudo o que recomenda seu médico. Quando há o controle do diabetes gestacional desde o início, tem muito mais chance de garantir a saúde da mãe e do bebê.

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Formado em Publicidade e Propaganda pela UFG, Nathan começou sua carreira como design freelancer e depois entrou em uma agência em Goiânia. Foi designer gráfico e um dos pensadores no uso de drones em filmagens no estado de Goiás. Hoje em dia, se dedica a dar consultorias para empresas que querem fortalecer seu marketing.